Pode parecer ofensivo sugerir que Santa Isabel não aparece no mapa do Estado.Entretanto, analisando friamente, ofensivo é constatar que nossa vizinha Arujá, que já foi dependente de Santa Isabel, é hoje uma cidade pujante, com prédios modernos, empresas importantes e mais opções de comércio e serviços que nossa cidade.
“Sofremos com as restrições da Lei de Proteção de Mananciais que impede a implantação de empresas por aqui”, alegarão alguns. Porém, não é isso que mantém a cidade estacionada no tempo. Há pelo menos 160 atividades permitidas, muitas delas ainda inexploradas, que não causariam dano algum ao meio ambiente, segundo as fontes oficiais. Faltam-nos infraestrutura adequada, garantias e políticos bem preparados para buscá-las.
Permanecer estacionados no tempo significa não evoluir, conservar a cultura e os costumes que não se ajustam mais tão bem nos tempos atuais e acreditar que são perfeitos, recusando-nos a experimentar o que é novo ou já foi novo algum dia e nem sequer experimentamos.
O site oficial
O site oficial da cidade não é prestigiado, talvez por ser poluído demais e mal organizado, mesmo depois das mudanças já sofridas. Não é atraente, convenhamos, e a visitação não é estimulada. Tecnicamente é mal planejado e com contextos desconectados. O modelo (template) utilizado é o Newscard, na plataforma WordPress, gratuito e com layout naturalmente poluído nas cores da bandeira da cidade (veja-o neste link). A exibição da(s) categoria(s) de enquadramento da publicação, seu título, data e autor são exibidos sobre as imagens de chamada.
Segundo estudiosos, “O vermelho é a cor da paixão, do fogo e do sangue. É um tom quente, que representa intensidade, vibração, perigo, desejo e excitação“. Se estas são características que têm seu lado positivo, por outro lado é uma cor que afugenta quem permanece algum tempo junto dela, pois é cansativa.
Outro detalhe do site oficial é que ele existe para divulgar informações de interesse público vinculadas ao órgão oficial, a prefeitura. Apesar do esforço de se criar uma seção de “Turismo”, os anúncios são bastante limitados, até porque não se estendem aos estabelecimentos não regulamentados (um assunto que precisa ser discutido se quisermos o desenvolvimento da atividade) e são insuficientes no que se refere às informações.
O mundo além dos limites geográficos
É preciso enxergar além dos limites da cidade, onde está o resto do mundo com outras culturas, e entender que, segundo a OMT (Organização Mundial de Turismo), “turistas são os visitantes que pernoitam no destino, lá permanecendo por, no mínimo, 24 horas, usando qualquer tipo de hospedagem no local visitado. Excursionistas são visitantes que não pernoitam e não utilizam alojamento no local visitado, permanecendo menos de 24 horas“. Mais do que isso, “turista é pessoa que viaja para um lugar distinto daquele onde vive por um determinado período de tempo, a fim de se divertir, passear, conhecer lugares e culturas diferentes, etc.“
Em Santa Isabel, são considerados “pontos turísticos”, em sua grande maioria, os empreendimentos particulares comercialmente explorados por seus proprietários ou administradores.
Se o desejo é realmente alcançarmos a classificação de município turístico, é necessário compreender que o verdadeiro turista está acostumado a conhecer novos lugares e, inevitavelmente, comparará o que eles oferecem, para recomendá-los ou para se aventurarem a conhecê-los.
Em suma, para atrairmos turistas precisamos mostrar o que a cidade tem a oferecer, incluindo oportunidades para que possíveis empreendedores possam considerar a possibilidade de investir aqui, mostrando também o que ela NÃO TEM AINDA. A melhor maneira de fazer isso é mostrar TUDO que a cidade tem. E é isso que o Guia Online de Santa Isabel pretende.
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